“Dilma es fea!”: insulto viril y humor cordial en la constitución estética del “ciudadano de bien”
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Resumen
El recrudecimiento de la extrema derecha en Brasil volvió a poner en foco cuestiones referentes a valores tradicionalistas de la familia, los cuales fueron referenciados en las protestas de 2016, favorables al impeachment de la presidente Dilma Rousseff. Nuestro objetivo es analizar como estos valores fueron representados en estas manifestaciones y apuntar la línea histórica a la cual se vinculan. Analizaremos imágenes de las protestas, que contienen ataques al gobierno, a la persona de Rousseff y al Partido de los Trabajadores. Nuestra hipótesis es que estos imaginários, tributários de las nociones tradicionalistas de brasilidad, fueron traducidos por medio de la representación del patriotismo conservador, congregando elementos reconocibles para la mayoría de los brasileños, residiendo ahí su fuerza persuasiva frente a parte de la población. Nuestro aporte teórico-metodológico se basa en los abordages de Freyre y Buarque de Holanda (2013; 1995) sobre la formación nacional de Brasil y en las proposiciones de Querè y Bazcko (2005; 1985), que afirman que la constitución de los imaginários en la contemporaneidad se procesa desde el interior del aparato mediático. Después de observar la recurrencia de representaciones sociales referentes a la virilidad y al patriarcado en el imaginário de la extrema derecha, formulamos conclusiones sobre el impacto micropolítico de la crisis de la democracia, que tiene en el resentimiento clasista uno de sus motores fundamentales.
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