“Dilma es fea!”: insulto viril y humor cordial en la constitución estética del “ciudadano de bien”

Contenido principal del artículo

Leandro Aguiar Severino dos Santos
Profa. Dra. Liliane Maria Macedo Machado

Resumen

El recrudecimiento de la extrema derecha en Brasil volvió a poner en foco cuestiones referentes a valores tradicionalistas de la familia, los cuales fueron referenciados en las protestas de 2016, favorables al impeachment de la presidente Dilma Rousseff. Nuestro objetivo es analizar como estos valores fueron representados en estas manifestaciones y apuntar la línea histórica a la cual se vinculan. Analizaremos imágenes de las protestas, que contienen ataques al gobierno, a la persona de Rousseff y al Partido de los Trabajadores. Nuestra hipótesis es que estos imaginários, tributários de las nociones tradicionalistas de brasilidad, fueron traducidos por medio de la representación del patriotismo conservador, congregando elementos reconocibles para la mayoría de los brasileños, residiendo ahí su fuerza persuasiva frente a parte de la población. Nuestro aporte teórico-metodológico se basa en los abordages de Freyre y Buarque de Holanda (2013; 1995) sobre la formación nacional de Brasil y en las proposiciones de Querè y Bazcko (2005; 1985), que afirman que la constitución de los imaginários en la contemporaneidad se procesa desde el interior del aparato mediático. Después de observar la recurrencia de representaciones sociales referentes a la virilidad y al patriarcado en el imaginário de la extrema derecha, formulamos conclusiones sobre el impacto micropolítico de la crisis de la democracia, que tiene en el resentimiento clasista uno de sus motores fundamentales.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Aguiar Severino dos Santos, L., & Maria Macedo Machado, L. M. M. M. (2022). “Dilma es fea!”: insulto viril y humor cordial en la constitución estética del “ciudadano de bien”. Razón Y Palabra, 26(113). https://doi.org/10.26807/rp.v26i113.1895
Sección
Monográfico

Citas

Anderson, Benedict (2008). Comunidades imaginadas. Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Companhia das Letras: Rio de Janeiro.

Arendt, Hannah (1975). As Origens do Totalitarismo: anti-semitismo, imperialismo e totalitarismo. Rio de Janeiro: Ed. Documentário.

Baczko. B. Imaginação social (1985). In: Enciclopédia Einaudi. Antropos-Homem. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda.

Beauvoir, Simone (1960). O segundo sexo. São Paulo: Difusão Européia do Livro.

Bourdieu, P. (2007). A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Brasil, André (2010). Formas de vida na imagem: da indeterminação à inconstância. v. 17, p. 190-198. Revista FAMECOS: Rio Grande do Sul.

Carvalho, José Murilo (2002). Cidadania no Brasil. Civilização Brasileira: São Paulo.

Castells, Manuel (2015). O poder da comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Debord, Guy (1997). A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto.

Dubois, Philippe (1993). O ato fotográfico e outros ensaios. 2a. ed., Campinas: Papirus.

Solano, E (org.) (2019). Brasil em Colapso. São Paulo: Editora Unifesp.

Freud, S. (2011) Psicologia das Massas e Análise do Eu. In: FREUD, S. Psicologia das massas e análise do Eu e outros textos (1920-1923). São Paulo: Companhia das Letras, 1921/2011

Freyre, Gilberto. (2013) Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global.

Foucault, M (1979). A microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado, Rio de Janeiro: Edições Graal.

Holanda, Sérgio Buarque de (1995). Raízes do Brasil. 26.ed. São Paulo: Companhia das Letras.

Latour, Bruno (1994). Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. 1. Ed. Rio de janeiro: Ed. 34.

Marx, Karl (2006). O Dezoito de Brumário de Louis Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006.

Nacif, P. C. M. (2014) Diante da pia batismal: As alianças de compadrio em Minas durante o período colonial. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal Fluminense.

Pinheiro-Machado, R. (2017) Luzes antropológicas ao obscurantismo: uma agenda de pesquisa sobre o ‘Brasil profundo’ em tempos de crise. v. 8, p. 21-31. Revista de Antropologia Social dos Alunos do PPGAS-UFSCAR.

Quéré, Louis (2005). Entre fato e sentido: a dualidade do acontecimento. In: Trajectos, n. 6. Revista de Comunicação, Cultura e Educação, Lisboa.

Rezende, D. L. (2015) Patriarcado e formação do Brasil: uma leitura feminista de Oliveira Vianna e Sérgio Buarque de Holanda. v. 17, p. 07-27. Pensamento Plural (UFPEL): Rio Grande do Sul.

Motta, Rodrigo Patto Sá (Org.) (2009). Culturas Políticas na História: novos estudos. Belo de Horizonte, MG: Argvmentvm.

Santos Junior, Marcelo Alves. (2016) Vai pra Cuba!!! A Rede Antipetista na eleição de 2014. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – UFF, Niterói.

Sodré, M.; Paiva, R. Mídia, espetáculo e grotesco. Chasqui. Revista Latinoamericana de Comunicacíon, n.130, 2016.

Zumthor, Paul. (2007) Performance, recepção, leitura. São Paulo: Cosac Naify.

Kehl, Maria Rita. (2004) Ressentimento. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Wolf, Naomi. (1992) O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. São Paulo: Rocco.