í‰tica e comunicação das escolhas alimentares: uma análise da tribo pós-moderna do Slow Food || Ethics and Communication of Food Choices: An Analysis of Postmodern Tribe of Slow Food
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Resumen
Este artigo propõe discutir a comunicação das escolhas alimentares como meio de comunicar uma ética em busca da vida boa ("buen vivir"). Especificamente, analisa-se o movimento Slow Food como parte de um fenômeno pós-moderno de resistência à sociedade de consumo tradicional, que busca pelo consumo alimentar a ressignificação do sujeito por meio das suas ações cotidianas. A partir de uma aproximação multimetodológica - que inclui observações não participantes e 6 entrevistas em profundidade realizadas com líderes de "convívios" (espaços nucleadores/ de socibilidade) do Slow Food - problematiza-se como este movimento busca a construção de novos imaginários sociais sobre o ideal de vida boa, edificado a partir da articulação das práticas alimentares. As análises realizadas nos conduzem a deduzir que o Slow Food propõe, em suma, uma rearticulação de sentidos comunicacionais na medida em que apresenta um estilo de vida que se contrapõe aos valores e às práticas sustentadas por um modus operandi dominante, vinculado às sociedades capitalistas ocidentais. Desta forma, o movimento Slow Food, articulado como uma tribo pós-moderna, permite aos sujeitos que participam do mesmo ressignificar suas práticas de consumo alimentar de forma a construir uma vida que lhes faça sentido ontologicamente.
This article aims to discuss the communication of alimentary choices as a way to externalize an ethics of good life. It is specifically analyzed the Slow Food movement as part of a postmodern phenomenon of resistance to the traditional consumption society, looking for a self re-signification by alimentary adoptions in the daily activities. Using a multi-methodological approach, in which one are combined non-participatory observations and 6 in-deep interviews carried out with Slow Food nucleus leaders', it is put under eraser how this movement works for reframe social imaginaries on the idea of a "good life", using communicational strategies to point out values and dominant practices established under an occidental capitalist way of life. As a result, the Slow Food seems to act as a postmodern tribe, allowing its followers to reframe their alimentary practices as a way to build a life full of ontological meanings.
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